quarta-feira, 10 de julho de 2013

Espalhe essa ideia... refletir.


ESPALHE ESSA IDEIA...
Sair às ruas apenas, vai acabar em festa e em esvaziamento. É necessário que este movimento tenha uma pauta de revindicações comuns: Eis
algumas
 
• Voto facultativo? Sim

• Apenas 2 Senadores por Estado? SIM!

• Reduzir para um terço os Deputados Federais e Estaduais e os
Vereadores? SIM! (atualmente são 57.000 vereadores, tem de ser no máximo 1.000, com salários máximo de R$ 5.000,00 ) SIM!

• Acesso a cargos públicos exclusivamente por concurso, e NÃO por nepotismo? SIM!

• Reduzir os 37 Ministérios para 12? SIM!

• Cláusula de bloqueio para partidos nanicos sem voto? SIM!

• Fidelidade partidária absoluta? SIM!

• Férias de apenas 30 dias para todos os políticos e juízes? SIM!

• Ampliação do Ficha-limpa? SIM!

• Fim de todas as mordomias de integrantes dos três poderes, nas três esferas? SIM!

• Cadeia imediata para quem desviar dinheiro público (elevando-se para a categoria de crime hediondo? SIM!

• Atualização dos códigos penal e processo penal? SIM!

• Fim dos suplentes de Senador sem votos? SIM!

• Redução dos 20.000 funcionários do Congresso para um quinto? SIM!

• Voto em lista fechada? NÃO!

• Financiamento público das campanhas? NÃO!

• Horário Eleitoral obrigatório? NÃO!

• Maioridade penal aos 16 anos para quem tirar título de eleitor? SIM!

Um BASTA! na politicagem rasteira que se pratica no Brasil?
SIM!!!!!!!!!!!
REDUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA DE 36% DO PIB


DIVULGUEM PELO MENOS PARA DEZ PESSOAS DA SUA RELAÇÃO VAMOS VER SE
MUDAMOS O BRASIL? ESTÁ EM NOSSAS MÃOS.

 

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Meu sonho de consumo.

UM QUADRO DIGITAL PARA MINISTRAR AULAS, OU SEJA, SER O INTERMEDIÁRIO DA APRENDIZAGEM DOS JOVENS LIGADOS NA NET.
É UM SONHO. IMAGINO UM COMPUTADOR LIGADO NO DATA SHOW COM CABO DIRETAMENTE NO QUADRO BRANCO E UMA CANETA MONITORADA DIRETAMENTE COM A INTERNET PÚBLICA EDUCACIONAL.
JÁ EXISTE ISSO NO BRASIL, MAS RONDÔNIA FICA MUITO A MERCÊ DOS "CORONÉIS" POLÍTICOS QUE COMANDAM ESTE ESTADO.
PAIS PARTICIPANDO.
 

Alguns artigos elaborados por segundaristas-J.B.C


Discussões Teológicas.

[1] Lucas Debone, Mateus Duarte e Wilyan Dias.

                                [2] Sônia Santos.

 

 

Resumo: Discussões Teológicas é uns dos motivos de maiores brigas atualmente, levando em alguns casos em mortes espirituais e grandes confrontos. Em alguns casos interrompem aula extra curriculares atrapalhando muita das vezes pessoas que não têm nada a ver com a história, isso é bom por um lado e ruim pelo outro sendo relativo para muitos. Pois leva a busca por conhecimento em muitos casos.

 

 Palavra Chave: Respeito, cristãos e fé.

 

 

  Porto Velho-RO.

 

Discussões Teológicas.

Dentre de todos os problemas encontrado hoje pelo homem, a Discussão Teológicas é alvo dos maiores confrontos no mundo.

As brigas sobre religião não nos levará a lugar nem hum, por que cada pessoa acha a sua religião a melhor, a mais perto de Deus, pois esses são uns dos fatores de discussões. Os cristãos são as pessoas que mais discutem, por acharem que tem o conhecimento suficiente. Contudo as Pessoas certas a discussões seriam os Teólogos?

Sim, somente levando ao lado do conhecimento; e não levando ao lado de que discussões não leva a lugar nenhum quando feita de modo comum digo sem organização. Pois Teólogos não costumam entrar nestas discussões por motivos fúteis, também por causa de conhecimento prévios já obtidos.

 Mas seria o motivo dessas discussões a fé.

“Deixemos tudo isso de lado e nos entreguemos à práticas, emoções e experiências religiosas? Para que pregar o evangelho se todo mundo “à sua maneira” crer em Deus, ou em alguma coisa? O importante não é ter fé?” Todo mundo a tem (Tiago 2.19).

Precisamente discussões religiosas, em busca da melhor crença, não levará a lugar nenhum, pelo contrário somente em mais discussões, o caso é que a falta de respeito com o próximo é o principal fator gerador de brigas. E é óbvia a diversidade cultural hoje presente em todo lugar com isso, para um convívio harmônico, as novas gerações têm que aprender a respeita e conviver, não interferindo nas crenças do próximo. O resultado disso seria um futuro mais harmônico e agradável. Existe uma frase que diz que o conhecimento tem prazo de validade por essa razão alguns querem colocar todo esse conhecimento de modo ilícito e de forma que não se chegue a uma conclusão ou a um senso comum. É lindo ver um debate civilizado em que nós ouvinte ou participante possamos tirar bastante conhecimento. Alguns falam que religião não se discute, porem quando se trata de futebol, novela e outros assuntos menos complexos usam e abusam de argumentos; com isso políticos e sofistas que na época de Sócrates eram pessoas que usavam de persuasão para enganar o povo se aproveitam de pessoas leigas de certos assuntos, talvez esse desejo de buscar conhecimento através de discussões teológicas sejam favoráveis em outros aspectos que dizem respeito à sociedade e ao ser humano, ou melhor, dizendo cidadão.

 

 

 
Referencia Bibliográficas.

 

 

Esse trabalho nos trouxe a importância de uma discussão teológica, mostrando os lados positivos e negativos, tendo como resultado o respeito por cada  ser humano, gostaria de agradecer as pessoas entrevistadas por colocar a tona seus pensamentos e opiniões que com certeza nos ajudaram a tirar uma conclusão pessoal. Esse trabalho não foi um simples trabalho ele mudou o pensamento de cada um de nós do grupo, ao vermos que nem sempre temos o melhor caminho e que devemos respeitar ao próximo como si mesmo.

 

 

  Discussões Teológicas.

 

“A Religião discutida sai bons frutos.”

 

            Para Daniele Ruiz dos Reis, a religião deve ser discutida de forma límpida e harmônica. Para essa estudante da E.E.E.F. M Casimiro de Abreu, cursando o segundo ano do ensino médio, nascida em Guajará Mirim-RO, residente de Nova Mamoré-RO.

 

Qual a importância da Religião dentro de uma sociedade?

Daniele – A Religião é importante por nos orientar a seguir os caminhos da salvação  que é o caminho de Deus, e também com a Religião nos proporciona a liberdade de mostra como devemos nos comporta dentro de uma sociedade, com  principalmente respeito.

A Religião pode ser discutida?

Daniele – Pode! Pois cada um de nós termos uma opinião, e o conjunto de opiniões leva a um consenso. Contudo tenho respeito com as doutrinas de cada Religião.
A discussão leva a busca de conhecimento?
Daniele – Sim! Pois um meio de conhecermos aquilo que outra pessoa pensa, sobre determinados assuntos é através do dialogo, com isso as junções de conhecimento é o que nos da a possibilidade de faze um novo conhecimento comum.
 
 
 
 
 
 
Qual o melhor ambiente para discutir sobre religião?

Daniele – Em locais Religiosos, independentemente de cada religião como Igrejas, Templos, Centro e Células também.

Qual seria a melhor coisa a fazer sobre as discussões?

Daniele – Principalmente ter respeito, sobre a diversidade Religiosa de cada um, e respeito também sobra à ideia do outro, com isso as discussões seriam mais produtivas.
 
                                                              Discussões Teológicas.

 

“A religião não deve ser discutida, devendo sim respeito.”

 
            Para Nathacha de Oliveira Borges Vieira, a religião não deve ser discutida. Tendo respeito em principal fundamento. Ela Nascida em Nova Mamoré, residente, estuda na E.E.E.F.M. Casimiro de Abreu, cursando o segundo ano do ensino médio.

Qual a importância da Religião dentro de uma sociedade?

Nathacha – A Religião é importante, pois acreditar em algo que te fortalece é essencial, para nós.


A Religião pode ser discutida?

Nathacha – Não! Por que pessoas que creem em Deus tem sua religião, e cada religião tem seu modo de interpretar, com isso cada qual tem um jeito um pouco diferente de interpretação.

A discursão leva a busca de conhecimento?

Nathacha – Não! Pois na discussão as pessoas não estão focadas em retirar algo de produtivo, e sim, estão buscando algo pra defender seu ponto de vista.

Qual o melhor ambiente para discutir sobre religião?

Nathacha – Como a religião não deve ser discutida, não a um ambiente favorável para discussões.


Qual seria a melhor coisa a fazer sobre as discussões?

Nathacha – Cada pessoa acreditar na sua e não interferir na do outro, que por sinal é uns dos motivos dessas discussões.
                                                       
 
                                                                
 
                                                                  Discussões Teológicas.

 

"A teologia é o estudo de Deus estude e estará mais intimo dele."


Jean Carlos Bezerra Félix Formou-se em 2004 no curso técnico de teologia fornecido pela igreja Assembleia de Deus que teve a duração de quatro anos. Atualmente é presbítero da igreja.

Qual a importância da Religião dentro de uma sociedade?

Pb Jean: A religião tem contribuído muito com a sociedade além de ter a missão de levar o homem a conhecer a DEUS também tem contribuído muito com o caráter da sociedade num todo . Pois busca socializar pessoas que estão viciadas com drogas liberadas e não liberadas, e no seu todo tem buscado valorizar a família como célula manter da sociedade.

A religião pode ser discutida?
Pb Jean: Com certeza, pois quando falamos em religião estamos falando de vários credos de diferentes pensamentos sobre Deus ou seja várias vertentes teológicas
A discussão leva a busca do conhecimento?
 Pb Jean: Sim! Pois quando você defende algo precisa ter fortes argumentos, para isso é preciso muita leitura e interpretação de texto e de fatos históricos dependendo do assunto tratado. Mas com certeza Leva ao um imenso conhecimento.

Qual o melhor ambiente para discutir sobre religião?

Pb Jean: Acredito que não há um lugar especifico, mas existem lugares em que eu não aconselho a discutir religião, um exemplo são nas escolas onde ao meu ver não é um ambiente adequado,  é claro se fazer parte da Sociologia ou Filosofia através de debates permitida pelo professor torna-se até uma forma avaliativa para testar os argumentos dos alunos.
Qual seria a melhor coisa a fazer sobre as discussões?
Pb Jean: Respeito é o nome do “jogo” se cada um respeitar o espaço do outro, a religião e não ter certo preconceito, com certeza será um debate bastante proveitoso entre cidadãos brasileiros. E o mais importante tentar ter discussões como busca por conhecimentos e não como ringue de luta livre.



[1] Alunos da E.E.E.M Prof. João Bento da Costa.
[2] Professora Sônia Santos, pós-graduada em Língua Portuguesa.

OBS: Os erros dos artigos publicados serão corrigidos na sala de informática, juntamente com todos.
Treinar, praticar, ler e reler, revendo contextos semânticos, estilísticos e gramatical.
O trabalho está voltado  a leitura, interpretação, escrita e visão de mundo.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Fique sabendo - PEC 33

Leia sobre o assunto para fundamentar sua redação, a cópia não ensina a verdadeira arte de argumentar, é preciso esforços, dedicação e ... para ter ... vale uma boa interpretação.

CONSTITUCIONAL A PEC 33 e seus significados

03/06/2013 por André Ramos Tavares

Desde que surgiu um Poder Judiciário independente, na História da Humanidade, tribunais supremos ocupam a posição de defesa de minorias, da democracia e da Constituição. Não foi diferente no Brasil.

Perda do mandato por infidelidade partidária, limitação do número de vereadores por Município, atribuição do mandato vago à Coligação partidária e não ao partido político que tenha perdido o parlamentar constituem todas elas, decisões do Suprema Tribuna Federal, não do Congresso Nacional.

Proibição de cláusula de barreira que pretendia impedir a existência de partidos nanicos, afastamento da Lei Ficha Limpa no ano de sua publicação, exigência de que Comissão Mista do Congresso seja ouvida na tramitação de medida provisória e, agora, suspensão de Projeto de Lei que acabaria por inibir novos partidos políticos (como a Rede, mas não apenas) são também decisões do STF, mas com uma grande diferença das decisões anteriores, pois aqui o STF atuou frontalmente contra a decisão expressa do Congresso Nacional. No primeiro grupo, podemos identificar um espaço vazio deixado pelo Congresso (a falta de decisão parlamentar) no qual o STF tem agido, não sem a pecha de ativismo. No segundo temos um conjunto de decisões que mereceram reprimenda, mas que também sofrem reprimenda da classe política, ao argumento da judicialização da política, da intervenção indevida entre “poderes”.

Mas ambos os grupos de decisões têm dois importantes pontos em comum, que as legitimam plenamente. Em primeiro são decisões diretamente ligadas à democracia, no seu sentido mais imediato, quer dizer, como praticamos e vivenciamos nossa democracia. Aliás, neste campo, somos um país repleto de decisões judiciais, até porque adotamos uma Justiça própria, a Justiça eleitoral. Em segundo lugar, tem em comum serem decisões que protegem a Constituição, ou pelo menos o que o STF entende ser a Constituição.

É exatamente neste último ponto que devemos situar a mais nova polêmica – nem surpreendente nem inovadora – do mal estar entre Supremo e Congresso. Depois do atrito entre esses “poderes” no episódio do mensalão, do conflito na criação de tribunais federais pelo Congresso Nacional, assistimos ao novo episódio desse mesmo enredo. Apenas mais do mesmo? Talvez não. Agora, a Comissão de Constituição e Justiça do Congresso Nacional manifestam-se favoravelmente à Proposta de Emenda Constitucional que submete algumas decisões do STF ao crivo de deputados e senadores. Ou seja, o Congresso se tornará instância revisora das decisões judiciais do STF que controlam o Congresso. Um verdadeiro descalabro, caso tenhamos a façanha de implementar a Proposta. Mas há outros aspectos a serem ponderados.

O Congresso Nacional é um espaço político, atua com raciocínio próprio, nem sempre em sintonia plena com normas jurídicas postas, mas, mesmo nestas hipóteses, movimenta-se em espaço legítimo. Cabe ao STF à correção de rumos e parlamentares conhece bem o cálculo, sabem que se suas decisões houverem se excedido, encontrarão ajuste no STF. Por isso muitas vezes não insistem na discussão de limites. Assim, não se pode desconhecer que o ato do Congresso em aprovar a PEC seja uma forma de agir e responder, típica do Congresso Nacional, a todo um quadro de decisões judiciais que o expõem de alguma forma. Uma forma, menos sutil, de modelagem e resultados duvidosos, mas uma forma de “barganha política” (um tom quase ameaçador) e de fazer-se ouvir, chamando a atenção de outro dos Poderes por meio do exercício de sua atividade legislativa (e de iniciativa de Emendas). Certamente aqui o Congresso já é vitorioso, tem a total atenção dos demais Poderes e da sociedade. Mas deve-se peremptoriamente considerar essa prática como espúria? Em si mesma, a prática está surgindo como um efeito colateral da chamada “guerra entre Poderes”, bastante conhecida da vivência institucional e literatura mundiais, inclusive das nações de democracia consolidada. Não há como evitá-la. Mas essa inusitada forma de “dialogar” com o STF assume a expectativa de que este Tribunal irá aceitar o convite (não sem o paradoxo de aceitar na área política aquele a quem se acusa de invadi-la). Se o fizer, a Cartilha passa a ser outra e o STF mergulharia na disputa político-partidária. Se o STF não aceitar essa forma de relacionamento, é preciso saber o quão longe o Congresso estará disposto a ir à provocação.

É que qualquer Emenda só se transforma em cláusula constitucional definitiva, no Brasil, se obtiver a “certificação” do STF. Ou seja, só haverá mudança de modelo, com submissão de decisões judiciais a decisões parlamentares, se o STF concordar com a constitucionalidade da mudança. E esta é uma questão técnica, não política. Aqui, o espaço de decisão é do STF, não do Congresso Nacional. Mais um paradoxo no qual se envolve o Congresso Nacional: para diminuir a força das decisões do STF o Congresso precisará do apoio inicial do STF. E a solução tem uma diretriz inexorável: essa decisão é jurídica, não política, cabe ao STF como guardião final da Constituição. A mudança é inconstitucional. Para termos esse modelo precisaria não do Congresso, nem do STF, mas de uma “revolução”, certamente encabeçada pelas forças reacionárias rumo ao retrocesso. Viveríamos, então, sob a supremacia do Congresso e de suas decisões, não da Constituição democrática e cidadã. E a supressão de direitos humanos por Emenda Constitucional passaria a ser uma prerrogativa do Parlamento. Isto é mais democracia?

Consulta popular

Professor da USP fala sobre a PEC 33 e embate de poderes


A aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda Constitucional 33, da Proposta de Emenda Constitucional 33 que submete decisões do Supremo Tribunal Federal ao Congresso Nacional acirraram ânimos e provocou debates no Judiciário e no Legislativo. O professor titular de Direito do Estado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Virgílio Afonso da Silva, em entrevista à Tribuna do Advogado, falou sobre a PEC e o embate entre os poderes.

Leia os principais trechos da entrevista:

A PEC 33 prevê que uma decisão do STF que declare a inconstitucionalidade de uma emenda constitucional seja analisada pelo Congresso Nacional, o qual, caso a ela se opuser, deverá enviar o caso à consulta popular. Qual a opinião do senhor sobre isso?
Ao contrário do que muitos parecem supor a Constituição não define com clareza que cabe ao STF a última palavra sobre emendas constitucionais. O próprio STF, quando se deparou pela primeira vez com a questão, teve que fazer uma deliberação prévia para analisar se ele era competente para controlar a constitucionalidade de emendas. O fato de ter decidido a favor de si mesmo não pode ser um argumento definitivo de que essa é a única forma de ver a questão.

Além disso, quem diz que a PEC 33 fere a separação de poderes tem que definir o que exatamente significa a Constituição dizer que uma PEC não pode tender a abolir a separação de poderes. Significa que o arranjo institucional decidido em cinco de outubro de 1988 é imutável? Não pode ser, caso contrário outras emendas deveriam ter sido declaradas inconstitucionais.

No fundo, trata-se mais de conveniência e oportunidade do que de mera interpretação constitucional: decidir se é o STF — e não o Congresso ou o povo — quem deve ter a última palavra sobre a Constituição que queremos não é algo que decorre da própria Carta, mas envolve questões como tradição jurídica, expectativa de proteção de direitos, estabilidade democrática e legitimidade do Poder Legislativo, dentre outras.

A aprovação da admissibilidade da PEC colocou em evidência o embate entre Legislativo e Judiciário acusado por parlamentares de exercer, cada vez mais, protagonismo no processo legislativo. O senhor avalia que, de fato, o Judiciário tem avançado nas competências do Congresso?
Não existe uma fronteira sempre nítida entre as competências desses poderes em matéria de interpretação da Constituição. Nos últimos anos, o STF tem tido um protagonismo que nunca teve antes. Isso, em si, não é bom nem ruim, apenas um fato. O que é ruim é o uso estratégico, por parte do STF, de suas possibilidades de interpretação constitucional.

Às vezes, o Supremo, claramente e sem grande constrangimento, avança na competência do Legislativo. Em outras ocasiões, quando não quer ter o ônus de decidir, diz que não pode fazê-lo porque não quer avançar no campo legislativo. Essa variação estratégica na definição dos limites de sua própria competência é algo que confunde os termos do debate.

Alguns estudiosos da área jurídica, a despeito de repelir a possibilidade de esvaziamento do Judiciário e sua submissão ao Congresso, avaliam que a PEC tem aspectos interessantes. No que diz respeito às súmulas vinculantes, seria razoável a exigência de que sejam chanceladas pelo Legislativo.
A súmula vinculante nasceu acusada de inconstitucionalidade. Muitos pareciam não se conformar com ela e a acusavam de avançar na competência do Legislativo. É interessante perceber como, menos de dez anos depois, uma tentativa de limitar um pouco a competência do STF na edição de súmulas vinculantes — mas sem chegar nem perto de voltar ao status quo de dez anos atrás — é vista por tanta gente como inconstitucional.

Parece-me que há duas razões para isso: em primeiro lugar, muitos simplesmente gostaram das súmulas vinculantes e, em segundo lugar, uma proposta de limitar uma competência do STF que seja apresentada pelo Legislativo parece despertar a desconfiança automática de todos (mesmo daqueles que eram contra as súmulas vinculantes no passado). Neste âmbito, também, não há uma resposta clara, que decorra da Constituição. Ou seja, não é uma questão de interpretação constitucional, mas de política legislativa e judicial.

Mas, na medida em que o Legislativo, se quiser, pode superar uma súmula vinculante (por meio da edição de uma nova lei cujo teor seja contrário a ela), exigir que as súmulas sejam aprovadas pelo Legislativo talvez seja um obstáculo a mais no já amarrado dia a dia do Judiciário e do Legislativo. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB-RJ.

 
Comente, queridos leitores ( alunos ).