sábado, 13 de outubro de 2012

Aprenda com a leitura, mas PRATIQUE.

Dissertação
1. DEFINIÇÃO E ESTRUTURA
Dissertar é expor idéias a respeito de um determinado assunto. É discutir as idéias, analisá-las e apresentar provas que justifiquem e convençam o leitor da validade do ponto de vista de quem as defende.
A dissertação, por isso, pressupõe:
• exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever;
• raciocínio lógico;
• clareza, coerência e objetividade na exposição.
Não pense que dissertar é uma prática destinada apenas para suprir as exigências dos vestibulares, ou, ainda, que só grandes escritores ou políticos é que discutem e defendem seus pontos de vista porque dominam a oratória.
Você também, no seu dia-a-dia, dispõe dos recursos que a língua oferece. Dissertar é um exercício cotidiano e você o utiliza toda vez que discute com alguém, tentando fazer valer sua opinião sobre qualquer assunto, como, por exemplo, futebol. Isso porque pensar é uma prática permanente da nossa condição de seres sociais, cujas idéias são debatidas e veiculadas através da comunicação lingüística.
Portanto, dissertar é analisar de maneira crítica situações diversas, questionando a realidade e nossas posições diante dela.
A dissertação, comumente, apresenta três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.
a) Introdução ou Tese: é a apresentação do assunto.O parágrafo introdutório caracteriza-se por possuir uma só idéia central ou tópico frasal expresso de modo genérico.
b) Desenvolvimento ou Argumentação: é a análise crítica da idéia central. Pode ocupar vários parágrafos, em que se expõem juízos, ou seja, raciocínios, exemplos, testemunhos, históricos, argumentos próprios ou de outros e justificativas que procuram provar a idéia central expressa no primeiro parágrafo.
c) Conclusão: é a parte final do texto, em que se condensa a essência das informações contidas no desenvolvimento e se reafirma o posicionamento exposto no primeiro parágrafo (tese).
OBSERVAÇÃO:
Um texto dissertativo argumentativo, que é aquele exigido na maioria dos exames vestibulares, apresenta análise, juízos críticos, ao passo que a dissertação expositiva apenas informa, apresenta dados, cifras, estatísticas, evidências históricas. São exemplos de textos dissertativos expositivos os livros didáticos e toda e qualquer publicação meramente informativa, isto é, destituída de teor crítico. Um texto argumentativo, porém, não pode prescindir de análise crítica, do ponto de vista de quem escreve.
2. CONTEÚDO
Para se redigir um texto dissertativo numa prova de vestibular, são indispensáveis:
• enriquecimento do conteúdo (acervo de conhecimentos do aluno transformado em argumentos);
• aprimoramento da linguagem (vocabulário diversificado);
• estruturação ideal (tese, argumentação e conclusão concatenadas e pertinentes ao tema).
 Observe também que a dissertação deve basear-se em fatos comprovados, retirados da História ou do cotidiano, e que sejam do conhecimento de todos. Não se esqueça de que, na argumentação, devem aparecer exemplos que provem o ponto de vista defendido.
3. ETAPAS PARA ELABORAR UMA DISSERTAÇÃO
1º) Ler atentamente o tema e refletir sobre o assunto de que trata.
2º) Fazer um esboço mental do encadeamento que se pretende dar às idéias. (fazer um campo semântico)
3º) Elaborar o rascunho, evitando desviar-se do ponto de vista assumido.
4º) Ler o texto, submetendo-o a uma avaliação crítica.
5º) Passá-lo a limpo, observando as regras gramaticais.
6º) Dar um título à redação, adequando-o ao seu texto.
Resumindo:
O texto dissertativo pressupõe uma análise crítica sobre determinado assunto. Clareza e objetividade são obtidas através do uso de linguagem referencial, culta e juízos bem fundamentados. A tese, a argumentação e a conclusão devem apresentar harmoniosa concatenação de idéias, e a coerência entre tema, título e texto é imprescindível.

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