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QUESTÃO 01
Leia este trecho:
... qdo dei por
mim estava casado, com 3 filhos e renascido. na sequencia dos fatos fizemos,
pedro e eu uma dupla, como os bros Johnson, baixista e guitarrista cantando e
swingando, fizemos, mais ele do q eu uns grooves, uns balanções e mesmo uma ‘melô’,
cortamos umas demos e começamos a circula-las. entre este momento e a especie d
desfecho q veio uns seis meses depois houve este periodo em q tentamos arranjar
um casamento d conveniencia entre esta nossa ideia e a bagagem pessoal e
artistica d um Arnaldo dias batista recem emigrado d sampa, tb exilado
histórico do grupo q tinha fundado e sem ter, exatamente, uma perspectiva. quase
previsivelmente, ñ colou, o q é tudo q se precisa saber para ñ desviar a
narrativa. encerrado este breve porem intenso interludio refizemos em casa uma
demo do projeto ‘duo’ e destarte pusemos um pé na porta da então phonogram, a
Phillips. na hora ‘h’ a ‘junta’ diretora da gravadora nos deu um dá ou desce:
as musicas eram o.k. mas dupla, só d sushi, no maximo sashimi, d artista ñ (ñ
havia sido instaurada ainda a necessidade da espingarda d 2
canos).
Disponível em
www.lulusantos.com.br. Acessado em 18 maio 2003.
Nesse trecho, convivem traços de diferentes registros de
linguagem: o formal e o coloquial.
IDENTIFIQUE alguns desses traços, associando-os ao
seu registro, e EXPLIQUE a convivência deles no trecho dado.
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QUESTÃO 02
Leia estes trechos:
TRECHO 1
Não há dúvida
que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes.
Querer que a nossa pare no século de quinhentos é um erro igual ao de afirmar
que a sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este
respeito a influência do povo é decisiva. Há, portanto, certos modos de dizer,
locuções novas, que de força entram no domínio do estilo e ganham direito de
cidade.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria (1839-1908). Instinto de Nacionalidade. In: Queda que as mulheres têm para os tolos e outros textos. Belo Horizonte: Crisálida, 2003. p. 57. (Grafia atualizada)
TRECHO 2
Basta pensar que
a língua brasileira é outra. Uma pequena mostra de erros de redação coletados
na imprensa revela que o português aqui transformou-se num vernáculo sem lógica
nem regras.
FELINTO, M. Folha de
S.Paulo. In: BAGNO, M. Ensino de português: do preconceito lingüístico à
pesquisa da língua.
Boletim da ABRALIN. Brasília, n. 25, 2000. p. 3.
TRECHO 3
Sempre me perguntam onde se fala
o melhor português. Só pode ser em Portugal.
DUARTE, S. N. Jornal do Brasil. In:
BAGNO, M. Ensino de português: do preconceito lingüístico à pesquisa da língua.
Boletim da ABRALIN. Brasília, n. 25, 2000. p. 3.
TRECHO 4
O que acontece é
que a língua portuguesa “oficial”, isto é, o português de Portugal, não aceita
o pronome no início da frase.
CIPRO NETO, P. Nossa Língua Portuguesa. In: BAGNO, M.
Ensino de português: do preconceito
Tomando como base o posicionamento de
Machado de Assis no final do século XIX (Trecho 1), REDIJA um texto,
refutando as ideias sobre o mesmo assunto, propostas na atualidade (Trechos
2 a 4)
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QUESTÃO 03
Considere este conceito:
“O sujeito é o
ser sobre o qual se faz uma declaração.”
CUNHA, C.; CINTRA, L.
Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985. p. 119.
REDIJA um texto, explicitando por que
esse conceito não se aplica a cada uma das seguintes frases:
1. Eu vos declaro marido e mulher.
2.
Dessa água, nós não bebemos de jeito nenhum.
QUESTÃO 04
Leia este trecho:
1. Isto é para
quando você vier. É preciso estar preparado. Alguém terá que preveni-lo. Vai
entrar numa terra em que a verdade e a mentira não têm mais os sentidos que o
trouxeram até aqui. Pergunte aos índios. Qualquer coisa. O que primeiro lhe
passar pela cabeça. E amanhã, ao acordar, faça de novo a mesma pergunta. E
depois de amanhã, mais uma vez. Sempre a mesma pergunta. E a cada dia receberá
uma resposta diferente. A verdade está perdida entre todas as contradições e os
disparates.
CARVALHO, Bernardo. Nove noites. São
Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 7.
REDIJA um texto...
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QUESTÃO 05
Leia este trecho:
Três náufragos
cegos: Homero, Joyce e Borges, à deriva num mar de palavras. Seu navio bateu
numa metáfora – a ponta de um iceberg – e foi ao fundo. Seu bote
salva-vidas é levado por uma corrente literária para longe das rotas mais
navegadas, eles só serão encontrados se críticos e exegetas da guarda costeira,
Que patrulham o
mar, os descobrirem na vastidão azul das línguas e os resgatarem de
helicóptero. E, mesmo assim, se debaterão contra o salvamento. São cegos
difíceis.
VERÍSSIMO, Luis Fernando.
Considerando essas reflexões, REDIJA um texto, interpretando
as metáforas que remetem ao processo de composição de obras literárias.
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QUESTÃO 06
Leia estes trechos:
TRECHO 1
Sou antes um espectador do meu
século do que do meu país; a peça é para mim a civilização, e se está
representando em todos os teatros da humanidade, ligados hoje pelo telégrafo.
...
As paisagens todas do Novo Mundo,
a floresta amazônica ou os pampas argentinos, não valem para mim um trecho da
Via Appia, uma volta da estrada de Salerno a Amalfi, um pedaço do cais do Sena
à sombra do velho Louvre.
NABUCO, Joaquim. Minha formação. Porto
Alegre: Paraula, 1995. P. 35 e 40.
TRECHO 2
Você fala na “tragédia
de Nabuco que todos sofremos”. Engraçado! Eu há dias escrevia numa carta justamente
isso, só que de maneira mais engraçada de quem não sofre com isso. Dizia mais
ou menos: “O Dr. Chagas descobriu que grassava no país uma doença que foi
chamada de moléstia de Chagas. Eu descobri outra doença mais grave, de que
todos estamos infeccionados: a moléstia de Nabuco”. É preciso começar esse
trabalho de abrasileiramento do Brasil, dizia eu noutra carta, a um rapaz de
Pernambuco.
Carta de Mário de Andrade a Carlos
Drummond de Andrade, 1924. In: Carlos & Mário: correspondência completa entre
Carlos Drummond de Andrade (inédita) e Mário de Andrade. Rio de Janeiro:
Bem-Te-Vi, 2003. P. 70.
Com base na leitura desses trechos, bem como na leitura
de Minha formação, de Joaquim Nabuco, REDIJA um texto, explicando em
que consiste a “moléstia de Nabuco”.
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123
1234567889Questões desta prova podem ser
reproduzidas
para uso
pedagógico, sem fins lucrativos, desde que seja.
mencionada
a fonte: Vestibular 2005 UFMG.
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de outra natureza devem ser
autorizadas pela COPEVE/UFMG.